28 de dezembro de 2020
LADO MILLA AWARDS 2020: Leituras de 2020... Parte2
27 de dezembro de 2020
LADO MILLA AWARDS 2020: LEITURAS DE 2020... PARTE 01
Acredito que a minha demora em ler Tartarugas Até Lá Embaixo do Johnn Grenn foram o tempo suficiente para curtir a leitura sem tanta pressão! O autor John Green consegue de forma sutil indicar na sua escrita que a Aza está entrando em crise, e vai aumentando a pressão e a tensão na forma como escreve e descreve o crescendo da crise. Colocando o leitor entre uma linha tênue entre ficção e a realidade nos colocando naquele cantinho frio e escuro da mente da personagem Aza.
Eu soube da existência do livro O Oceano no Fim do Caminho - Neil Gaiman em uma das primeiras turnês da Intrínseca em 2013 e logo comprei. Mas, acabei não lendo na época... Esse ano, eu li o primeiro livro do Neil Gaiman [Considerando que o livro "Faça Uma Boa Arte" é apenas um bom discurso com capa.]. Essa leitura não foi nem de longe uma das minhas leituras favoritas: Talvez o gênero fantasia não funcione comigo, Talvez a leitura não funcionou para esse momento... Por isso, a minha grande dificuldade de mergulhar na história. Porém, um ponto interessante nessa leitura é a linha tênue que o escritor atravessa entre a fantasia e a realidade do Personagem com 7 anos de idade que condiz com a loucura para um louco que a sua realidade independente de ser fantasia/loucura é real para o sujeito. Na mesma sintuação, eu li Bling Ring - A Gangue de Hollywood A literatura baseia-se em um caso Jornalístico dividida em três partes: O Monstro da Fama; A Dança dos Famosos e Quase Famosos. E os malefícios em criar um jovem adolescente em uma sociedade com um consumismo exacerbado e o que a mídia põe em suas programações sobre a cultura dos reality shows que é a corrida pela fama a todo custo... Esperava realmente uma história baseando em fatos jornalísticos e foi uma leitura bastante decepcionante.
Então, começou a Quarentena... Precisei fazer umas compras no supermercado e na hora que passei as comprar observei que na prateleira de doces tinha revistas e livros... Encontrei o livro O Diário de Myriam por apenas R$ 19,90! Essa foi oficialmente a minha primeira leitura da quarentena. Fiz uma tentativa de ler novamente O Subistituto do autor David e Abandonei novamente e tirei esse livro do meu campo de visão... A re-leitura de crônicas do livro Manual prático dos bons modos em livrarias foi muito nostálgica. Saudades, de uma livraria né minha filha?
Esse ano, eu conheci o termo Leitura Coletiva. Promovidas pelos IGs do Instagram ou Grupos de Leitura que são pessoas que se juntam para promover LC. Desde o início da pandemia, não perco a oportunidade de participar de leituras coletivas. Embora já existissem bem antes disso, elas se tornaram uma febre ainda maior entre leitores durante a quarentena.
A primeira leitura que tirou completamente da minha "Zona de Conforto" foi Medicina Macabra que foi uma das leituras mais surpreendentes desse ano. do Thomas Morris do novo selo da DarkSide® Books o Macabra Filmes, promovendo filmes e seus criadores, apresentando com curadoria e critério os novos nomes do cinema de terror nacional e internacional.
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18 de dezembro de 2020
Resenha: Flores para Algernon
Esse livro contém gatilhos pois fala sobre: Saúde Mental, sofrimento psíquico violência na primeira infãncia, Bulling e suicídio. A relação social de uma pessoa com Deficiência Intelectual. A Crueldade e a falta de empatia das pessoas "normais" com pessoas deficientes intelectuais como o Charlie...
Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouca inteligência.
Flores para Algernon
Autor: Daniel Keyes
Tradutora: Luisa Geisler
Editora: Aleph
Ano de publicação: 1966
Ano desta edição: 2018
288 páginas
Até um homem de mente fraca quer ser como os outros homens. Uma criança pode não saber como se alimentar, ou o que comer, mas ela conhece a fome.
Apesar de sabermos que, no fim do labirinto, a morte nos aguarda (e isso é algo que nem sempre soube, até pouco tempo atrás, pois o adolescente em mim pensava que a morte acontecia só com outras pessoas), vejo agora que o caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou. Não sou apenas uma coisa, mas também uma maneira de ser – uma das muitas maneiras –, e saber os caminhos que percorri e os que me restam vai me ajudar a entender o que estou me tornando.
5 de outubro de 2020
Resenha: ECOS - EM HARMONIA COM OS IRMÃOS GRIMM da autora Pam Muñoz Ryan
Titulo: ECOS - EM HARMONIA COM OS IRMÃOS GRIMM
Autora: Pam Muñoz Ryan
Editora: Darkside Books
Avaliação: ☕☕☕☕☕
"Chegaram aqui por uma mensageira.Devem partir da mesma maneira.De forma humana não sairão. Seus espíritos como o vento soprarão.Salvem uma alma à beira da morte. Ou aqui definharão á própria sorte." (Prólogo)
23 de setembro de 2020
Até a página 100... : Bom dia, Verônica, Ilana Casoy e Raphael Montes.
"Vai por mim: não é fácil ser uma mulher de 38 anos e viver acima do peso. Não bastasse, segunda-feira costuma ser pior, é quando bate a culpa por ter perdido a linha no fim de semana."
"Depois de alguns anos encostada num cargo de secretária na Polícia Civil do Estado de São Paulo, você começa a aprender as vantagens de ser invisível."
"— Bom dia, Verônica — disse a moça invisível que me oferece café todo dia. Eu nunca soube o nome dela e tenho certeza de que ela só sabia o meu por causa da placa na mesa. "
"No Brasil, ninguém checa nada. A mulher se suicidou. Logo, caso encerrado."
"O Waze era a salvação da minha vida. Nasci uma pessoa sem bússola; sou capaz de me perder dando a volta no quarteirão. Aquele aplicativo me levava direitinho ao destino, sem estresse. "
"Costumo dizer que o lugar que a gente mora nos identifica tanto quanto nossa impressão digital. A casa de Marta refletia bem aquela mulher trêmula e chorosa que havia se suicidado diante de mim no início do dia: estava uma bagunça; parecia minha bolsa, só que pior."
"Peguei um copo d água na geladeira e aproveitei para dar uma conferida lá dentro. Muitas garrafas de Coca-Cola, pouca comida, um cheiro horrível de coisa estragada numa quentinha do restaurante Trattoria do Sargento, restinho de restinho dentro de potes grandes, sem qualquer organização."
"Brandão tem esse talento: tudo em que ele encosta apodrece. Janete mal pode ouvir os primeiros acordes que sente náuseas, tem vontade de chorar. Faz as contas de quantos minutos ainda faltam para o plantão do marido. Poucos, faltam poucos. Logo, a noite será só dela. Mas Janete precisa ser forte."
"— Tá na hora de arranjar uma nova empregada, hein, passarinha?Ela congela. Tem medo até de respirar. Volta a escuridão, voltam os gritos. As lágrimas escorrem pelo rosto contra sua vontade."
11 de setembro de 2020
"Até a página 100...": Por Lugares Incríveis, Jennifer Niven
4 de setembro de 2020
Resenha:Tartarugas Até Lá Embaixo - John Green

Titulo: Tartarugas Até Lá EmbaixoAutor: John GreenAvaliação: ☕☕☕☕☕💓
Ano: 2017
Páginas: 237Idioma: portuguêsEditora: Intrínseca
Sinopse: A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.
O livro Tartarugas até lá embaixo tem diversos gatilhos ao longo das páginas. Então, se você é uma pessoa com altos níveis de ansiedade, com tendência a TOC, com pensamentos intrusivos, com dificuldade para lidar com automutilação (mesmo as mais leves possíveis), peço que considere ler Tartarugas até lá embaixo somente quando estiver bastante estável.
“O ser humano é tão dependente da linguagem que, até certo ponto, não consegue entender o que não podemos nomear. Por isso presumimos que as coisas sem nome não são reais. Usamos termos genéricos, como maluco ou dor crônica, termos que ao mesmo tempo marginalizam e minimizam. Dor crônica não exprime a dor inescapável, persistente, constante, opressiva. E o termo maluco chega até nós sem nem um pingo do terror e da preocupação que dominam você. E nenhum dos dois transmite a coragem das pessoas que enfrentam esse tipo de dor. (…)” p.88/89
“Penso: Você nunca vai se livrar disso. Penso: Você não controla seus pensamentos. Penso: Você está morrendo, e dentro de você tem bichos que vão comer seu corpo até irromperem pela pele. Eu penso e penso e penso.” p.91
“Acho que não gosto de ter que viver num corpo, se é que isso faz sentido. Acho que talvez, no fundo, eu seja só um instrumento, uma coisa que existe apenas para transformar oxigênio em dióxido de carbono, um mero organismo nessa… nessa imensidão toda. E é um pouco aterrorizante pensar que o que eu considero como o meu… abre aspas, meu eu… fecha aspas… não está nem um pouco sob o meu controle.” p.102
“(…) E se a gente não pode escolher o que faz nem o que pensa, então talvez a gente não seja real, sabe? Talvez eu seja uma mentira que estou sussurrando para mim mesma e nada mais.” p.102
As minhas leituras de 2020 |
Davis e Aza são amigos desde pequenos, mas se afastaram com o passar dos anos. A princípio o ressurgimento de Aza na vida de Davis gera toda uma suspeita se é por conta da recompensa por informações sobre o desaparecimento de seu pai, ou por conta da amizade deles mesmo. Mas reconectar com Davis traz sentimentos que Aza não percebeu que existiam e também toda uma série de problemas a serem desenvolvidos por culpas de abraços, beijos, e interações que namorados costumam ter.
“(…) No fundo ninguém entende o que se passa com o outro. Está todo mundo preso dentro de si mesmo.” p. 228
“É como se, quando eu olhasse para mim mesma, não visse nada definido… só um monte de pensamentos, atos e contextos. E muitos na verdade nem parecem meus. Muitos pensamentos eu não quero pensar, muitas coisas eu não quero fazer, é mais ou menos isso. Quando procuro o que eu sou, nunca encontro.” p.228
“O problema dos finais felizes é que ou não são realmente felizes, ou não são realmente finais, sabe? Na vida real, algumas coisas melhoram e outras pioram. E aí a gente morre.” p. 258